Resenhas

A guardiã dos segredos de família
Jaqque Monteiro
2012
Ao ler A guardiã dos segredos de família, botei reparo que cada um de seus livros traz uma gostosura:
* A sobrinha do poeta – biscoitos de queijo.
* A menina Luzia – ambrosia.
* A guardiã dos segredos de família – ovos estrelados.
Ovos estrelados! Confesso: fui procurar o que eram os ovos estrelados. Um barato, isso.
Mais uma vez, arrasou! Justificadamente, merecido o Prêmio Barco a Vapor 2010, por essa obra, que versa sobre a saga de Nenenzinha, a tia menina pequenina, mas que fica enorme quando precisa livrar os sobrinhos das maldades da bela, muito bela, mas brava Delminda, Sua cunhada.
A delicada força de Nenenzinha nos surpreende ao proteger os quatro órfãos dos mandos e desmandos da Bela Fera. E ela só consegue domar a bruxa por saber segredos sobre a bela megera.
Com essa vantagem, a enorme pequena menina consegue proporcionar aos sobrinhos um pouco mais de comida, de brincadeiras e de sossego num ambiente áspero e austero.
Enorme Nenenzinha fica mesmo é quando salva toda a família da enchente da represa Três Marias.
Interessante a ordem cronológica da história. Por três vezes vai se falar da enchente, mas antes disso, conta-se sobre as muitas coisas que aconteceram, antes da inundação.
Genial a expressão: árvore genial e lógica, usada para expressar árvore genealógica.
Que criativo!
Dar adjetivos, de acordo com a sua natureza, aos problemas enfrentados pelos quatro anjinhos, também foi de uma catilogência sem mensura.
“Deselegante problema”, referindo-se à falta de roupas. (p. 18)
“Amargoso problema”, referindo-se à escassez de comida. (p. 19)
Eu me divirto muito com a leitura de suas obras. É sempre um imenso prazer.
Amanhã começo a ler A mocinha do Mercado Central.
Um grande abraço da leitora,
Jaqque.
Jaqque Monteiro, 2012